Sindicato dos Sociólogos do Estado do PA - SINSEP - Fundado em 24 de Junho de 1989.

O processo organizativo da categoria de sociólogos apresenta-se no cenário brasileiro a partir da década de 70. Nessa época, disseminam -se os projetos de regulamentação, advindos das Entidades Estaduais, cujo princípio norteador é o de que os sociólogos detenham participação efetiva em sua elaboração.
Nesse momento, tem início o debate dos sociólogos paraenses e a motivação a criar uma entidade _ Associação Regional dos Sociólogos _ Essa Entidade originou-se da articulação de indivíduos buscando um espaço que possibilitasse a troca de informações, a discussão sobre a regulamentação e que fugisse ao caráter estritamente científico, possibilitando, assim, maior participação de todos os formandos em Ciências Sociais.
As características que marcaram a fundação da ARS, marcaram também seus primeiros passos. Foram elaborados estudos sobre o perfil dos sociólogos paraenses e discutidas teses, justificando a necessidade de regulamentação da profissão.
Em 14/11/77 é fundada a Associação dos Sociólogos do Brasil _ ASB, em Belo Horizonte. A partir daí, unificam-se as lutas a nível nacional e apresenta-se ao Congresso, em Brasília, um “ Projeto de Regulamentação” discutido e encaminhado pela categoria. A categoria dos sociólogos obtém a aprovação da Lei de Regulamentação, de 10.12.80, que é finalmente posta em vigor pelo Decreto 89.581/5-abril/84.
A Associação Regional dos Sociólogos _ ARS como as demais associações civis, resguardando as especificidades locais, insere-se na luta pela transformação do espaço apolítico em espaço de reivindicação e obtém como canal de expressão dessas lutas no processo político nacional, suas organizações de categoria.
Em meio ao contexto político, econômico e social da década de 80, a classe proprietária dos meios de produção vivencia a crise interna do sistema, gerada pelos centros hegemônicos do capital e, para revitalizá-los, submete-se à proposta de reorganização econômica internacional. A classe não proprietária dos meios de produção rearticula-se em função de seus interesses e define também suas plataformas políticas, através de Encontros, Conferências, Congressos, etc.
O debate espraia-se por toda a sociedade brasileira visando detectar soluções para a problemática vivenciada pela classe trabalhadora. Essa nova perspectiva contrapõe-se à ideologia vinculada pelo Estado, que procura homogeneizar, domesticar e impedir a manifestação dos segmentos sociais no questionamento de suas ações planejadas e eficientes para o grande capital e ineficiente para a força de trabalho brasileira.
Na observação dos movimentos conjuntural e estrutural da formação econômica e social brasileira de estruturação, reestruturação e desestruturação dos arranjos sociais, é que se entende a gênese das Associações Profissionais dos Sociólogos _ APS
O III Congresso Nacional de Sociólogos posiciona-se pela criação de sindicato, compreender essa questão passa pela constatação do crescente assalariamento dos profissionais liberais. Assim, os sociólogos, à medida que vendem sua força de trabalho, isto é, participam como produtores no mercado de trabalho, vivenciam a problemática geral da classe trabalhadora. Esta se expressa pelo acúmulo de horas/trabalho; salário baixo; condições de trabalho inadequadas; inexistência nas instituições de quadros de carreira de sociólogos e de apoio à pesquisa; etc.
Essas situações, provenientes dos movimentos orgânico e conjuntural da sociedade brasileira, desencadeavam um novo processo organizativo, pois a Associação Civil não correspondia aos interesses de representação legal dos associados em relação a firmar acordos coletivos, estabelecer piso salarial, jornada de trabalho, etc. Assim, a nova forma organizativa priorizada seria o SINDICATO que unifica as lutas econômicas _ pela melhoria das condições de trabalho, salário, etc _ e política _ quebra da estrutura sindical verticalista e atrelada ao Estado.

Maria Marize Duarte Rolins
Sandra Maria Zaire

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Resposta a carta da companheira Eneida

Caros companheiros sociólogos

Mais uma vez tenho que deixar de desenvolver ações que dizem respeito ao sindicato para me ocupar em responder aos sociólogos plantadores da discórdia, esta senhora que se intitula a super precursora da mensagem comunista, esquece a contribuição de outras pessoas que também contribuíram na luta a exemplo da família Canuto, Expedito Ribeiro, Os saudosos Paulo Fonteles e Neuton Miranda, em vida Socorro Gomes, Sandra Zaire, Moacir, Marcão, Neco, Érico, Leila Márcia, Sandra, Leonardo, Miguel, Conceição, Jorge Farias Wanderley, Mário e muito outros lideres anônimos que quase ninguém fala, mas que também dão a vida pelo Partido, não quero me comparar a eles, mas vossa senhoria faz uma análise sincronizando minha história no PCdoB, da minha contribuição e da minha família é bom que se diga nos momentos mais adversos, em Casa somos 6 irmãos que nas décadas de 80 e 90 fomos filiados no PCdoB, dentre eles 3 sociólogos, 1 contador, 1 pedagogo e 1 profissional liberal, somos filhos da senhora Noemia de Cristo Miranda e Moacir Miranda, trabalhadores da fábrica de castanha e rodoviário respectivamente, ambos, conseguiram criar e educar 6 filhos e ao mesmo tempo darem sua contribuição de sustentação política para o Partido, nós fomos filiados no PCdoB, infelizmente a senhora não lembra da nossa Casa que servia de comitê nas supracitadas décadas, lá ajudamos eleger Socorro Gomes vereadora e deputada federal por 3 mandatos, Paulo Fonteles (Pai e Filho), Neuton Miranda deputado Estadual e Sandra Batista vereadora (1º mandato), ajudei a fundar a associação comunitária união e força e o conselho de entidades comunitária do guamá, ajudei reorganizar a CONAM, a metropolitana, a FECAMPA militei no movimento estudantil, de servidores públicos, fui fundador do comitê municipal do Partido e membro do diretório regional, fui professor da UEPA por 10 anos, quando lá estive lecionei em todos os campus da capital e interior, fui diretor do SINDUEPA, por ter um papel ativo na luta em defesa dos interesses docentes fui demitido pela atual reitora, já lecionei por 3 anos em faculdades particulares, hoje leciono na SEDUC a 8 anos, participo da política docente estadual, hoje tenho a tarefa de dirigir o SINSEP pela 2ª vez a 1ª como vice presidente de ( 2001 a 2003 ), naquele período fui dissidente por não concordar com as ações equivocadas, portanto nos últimos 15 anos participei ativamente de todas grandes lutas vitoriosas do SINSEP, hoje como presidente, pretendo fazer uma administração democrática e voltada para a defesa intransigente dos interesses dos sociólogos, (enviaremos as ações deliberadas na plenária de sociólogos para todos).Fiz tudo isso sem ser arrogante e pedante, Pergunta-se aonde estava a senhora nessas lutas, não cair de para-quedas no SINSEP, porque a senhora passa uma borracha na minha história, vejam não sou um profissional da política, desenvolvo minha carreira docente e milito na sociedade ao mesmo tempo, portanto (tenho teoria e prática), não sou militante de gabinete, isso sim é demonstrar minimamente compreensão da teoria marxiana. Vamos aos fatos, a Senhora faz um retrospecto do processo eleitoral sem apresentar novidade, faço algumas ponderações sobre sua carta, o processo foi democrático porque seguiu todas as orientações da Juíza da 11ª vara do TRT-8ª Drª ElinaY, nos consagramos vencedores por 1 voto na frente, houve recontagem de votos duas vezes, ao final a comissão eleitoral declarou a chapa 3 vencedora do pleito depois realizou-se a elaboração dos documentos (ata de eleição e termo de posse) a comissão declarou a chapa 3 vencedora inclusive com a assinatura do sociólogo Gerson, presidente da comissão estes documentos estão registrados e reconhecidos em cartório a sua disposição e dos sociólogos. A senhora não satisfeita com o resultado recorreu a justiça solicitando a recontagem dos votos em separado, a juíza acatou e recontou baseada no artigo 46 que diz que para ter direito ao voto basta está em dia com as mensalidade, contudo o artigo 7 diz que não basta apenas pagar, para estar em pleno gozo, faz-se necessário apresentar as documentações como diploma, carteiras de identidade, CPF e ficha de filiação devidamente preenchida, mesmo sem reconhecer os procedimentos administrativo e estatutário a juíza autoriza o contagem dos votos em separados e manda comunicar a comissão eleitoral que se auto dissolveu, votos esses de pessoas que comprovadamente não são sociólogos, pois 3 tinham atestado falsos, consultamos em todas as universidade essas pessoas constatamos que não são sociólogas, elas não têm diplomas de instituição reconhecida, foram essas pessoas que lhe deram uma pretensa vitória. Nós não vamos aceitar golpismo, falsidade ideológica, jogo baixo e falta de ética no processo, isso não é uma eleição para síndico e sim de uma categoria que prima pela ética, moralidade e democracia interna, essas documentações estão a disposição dos sociólogos, vamos mandar tirar cópia autenticada dos documentos falsos para os sociólogos darem vistas. Temos 1 ano e meio de mandato e vamos cumpri-lo, ressalta-se que o processo que trata sobre essa questão já está arquivado desde maio de 2012. temos certidão negativa de arquivamento, toda reivindicação judicial neste momento é intempestiva, portanto nós somos vitoriosos, e a maioria dos companheiros nos reconhecem como legítimo representante da categoria. Quanto ao amigo da senhoria diga a ele quando realizar um tratamento psiquiatríco medicamentoso, talvez volte debater com ele, vou encaminha aquelas asneiras a assessoria jurídica do sindicato.                                                    
Walmir de Cristo Miranda
Presidente do SINSEP

Um comentário:

  1. Por favor! Gostaria de saber de que forma o sindicato pode contribuir, para que hajam mais vagas para Sociólogos nos concursos públicos? Desde já agradeço
    Adriana Cavalcante

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